domingo, 27 de junho de 2010
Agora é Fernando
A militância do PSOL do Pará lotou a galeria da Câmara Municipal de Belém no último dia 26 de junho por ocasião de sua Convenção estadual. Foram oficializadas as candidaturas do historiador Fernando Carneiro ao Governo do Estado, tendo Mônica Soares, professora e uma das mais combativas lideranças populares do movimento contra a construção de Belo Monte, em Altamira, como vice. Indicou também a ex vereadora Marinor Brito e o ex deputado João Augusto Oliveira como candidatos do partido ao senado.
Nem o passado como era, nem o presente como está.
Em seu discurso na convenção, Fernando Carneiro foi enfático ao denunciar as mazelas sociais que atingem a população do Pará e as alianças espúrias contra o povo, envolvendo montas astronômicas de recursos públicos. Afirmou também ser possível a construção de um governo popular para atender aos interesses históricos das maiorias sociais exploradas e empobrecidas de nosso estado. Neste sentido fez o chamado: nem o passado como era, nem o presente como está.
Edmilson lidera a chapa de candidatos proporcionais do PSOL
Além da chapa majoritária, o PSOL terá a participação de 30 lideranças para disputar as eleições proporcionais, sendo 16 para a Câmara Federal e 14 para a Assembléia Legislativa.
O destaque fica para a candidatura do ex-prefeito Edmilson Rodrigues ao cargo de deputado estadual que buscará ser o puxador de votos da legenda para a conquista da primeira bancada do PSOL no parlamento paraense. A chapa do partido conta ainda com o reforço do senador José Nery e da ex-deputada Araceli e atual presidenta da legenda no estado.
A força da militância
O partido que aposta na força e na combatividade de sua militância para a batalha eleitoral prepara agora o seu Seminário Regional com o objetivo de delinear um programa alternativo para o estado e contará com a presença de Plínio de Arruda Sampaio, candidato à presidência do Brasil, além de intelectuais dedicados ao estudo dos problemas regionais e representantes de movimentos sociais da Amazônia.
GOVERNADOR: FERNANDO CARNEIRO
Fernando Carneiro é historiador formado pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua militância na adolescência, no início dos anos 80, destacando-se como uma das principais lideranças do movimento estudantil, dedicando-se em especial à reorganização do Centro Acadêmico de Ciências Sociais, da UPFA; logo foi alvo da ditadura militar então vigente, tendo sido enquadrado na famigerada Lei de Segurança Nacional. Em São Paulo, onde se formou em Licenciatura Plena em História pela USP, militou no movimento estudantil e no Sindicato dos Trabalhadores da USP- SINTUSP, e trabalhou na Companhia de Engenharia do Tráfego ( CET). De volta a Belém, tornou-se presidente da Companhia de Transporte de Belém (CTBel) na segunda gestão do prefeito Edmilson Rodrigues. Foi representante do Fórum Nacional de Secretários de Transporte no Conselho Nacional das Cidades. Depois de muitos anos no PT, desligou-se daquele partido para participar da construção do PSOL no Pará, onde exerce o cargo de Secretário de Movimentos Sociais. Por estas e muitas outras razões, Fernando Carneiro foi considerado o melhor nome para representar o PSOL como candidato ao governo do Estado nas eleições de 2010.
VICE-GOVERNADORA: MÔNICA SOARES
MARINOR BRITO
Ex-vereadora por três legislaturas consecutivas e ex-candidata à prefeita de Belém, Marinor é uma das mais expressivas figuras públicas do PSOL no Pará. Formada em educação física pela Escola Superior de Educação Física do Pará e professora da rede pública de ensino, tornou-se dirigente do SINTEPP e uma das mais destacadas lideranças das lutas dos trabalhadores em educação e de vários segmentos organizados em torno da Intersindical dos Servidores Públicos, entre o final da década de 1980 e o final da década de 1990. É militante do movimento pela democratização dos meios de comunicação e ex-dirigente nacional da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO). Seus mandatos parlamentares foram fortemente marcados pela defesa de melhorias urbanas para áreas periféricas de Belém, de incentivos à produção artística e cultural em suas várias modalidades, e dos direitos humanos, em especial os das crianças e adolescentes. Foi presidenta da CPI da Prostituição Infantil da CMB e colaboradora das recentes CPI(s) da pedofilia, da ALEPA e do Senado.
JOÃO AUGUSTO OLIVEIRA
Nascido em Oriximiná (1936), no Baixo-Amazonas, possui longa trajetória na luta política paraense. Foi prefeito de Oriximiná (1963-1966), deputado estadual por dois mandatos (1967-1971; 1975-1979) e 1º suplente de senador (1995-2003).
Advogado e Relações Públicas, João Augusto é membro da Academia Paraense de Jornalismo e da Comissão Paraense de Folclore, atual Centro Paraense de Estudos de Folclore, além de ocupar a cadeira Nº 35, como sócio efetivo, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Convenção estadual do PSOL
O PSOL oficializa, neste sábado (26 de junho), a candidatura de Fernando Carneiro ao governo do Pará. Indicará os nomes para concorrer ao senado e às cadeiras de deputado estadual e federal. A convenção estadual do PSOL receberá os militantes, os simpatizantes e as lideranças políticas do partido para este grande momento histórico. Todos lá. Para ajudar a construir a nossa vitória!
Dia 26 de junho – 9 da manhã na Câmara Municipal de Belém
quarta-feira, 23 de junho de 2010
" O futuro não é mais como era antigamente"
Que futuro queremos? A utopia, aqui entendida como 'não lugar', nos move sempre adiante. Não nos satisfazemos com vitórias parciais. Não nos abatemos com as derrotas. Seguimos adiante, teimosamente, corajosamente. Antes o futuro era derrotar a tirania de um regime militar que se instalou pela força e se manteve através da tortura, do exílio e do terror. Isso hoje é passado, mas não logramos o futuro que queríamos. Muitas de nossas lideranças se aliaram ao inimigo. Parceiros de ontem são adversários de hoje. Mantivemo-nos firmes ao sonho socialista, mas muitos venderam seus ideais e são, hoje, os famosos coveiros de sonhos. Por que então continuamos? Simples, porque somos movidos pela paixão e pala utopia e porque nossas fileiras são constantemente renovadas. A angústia de viver num mundo de iniquidades é compensada pelo calor da solidariedade de nossos pares e pela receptividade popular às nossas propostas. O fututo agora é outro. O futuro precisa ser inventado.
terça-feira, 22 de junho de 2010
CONVENÇÃO DO PSOL/PA VAI ACONTECER EM 26 DE JUNHO
A Executiva Estadual do PSOL- Pará convocou para o próximo dia 26 de junho, sábado, a convenção que, entre outras deliberações, homologará as candidaturas do partido às eleições de 2010 em nosso estado, a começar pela candidatura do historiador Fernando Carneiro ao governo estadual. Convocada conforme resolução da direção nacional, será realizada quatro dias antes da convenção nacional, que confirmará a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio à presidência da República, aprovada pela III Conferência Nacional Eleitoral. A convenção estadual aprovará ainda as diretrizes gerais do programa de governo a ser defendido nas eleições, além de ratificar carta-compromisso que exige de todo e qualquer candidato do PSOL conduta ética irrepreensível e fidelidade aos princípios e compromissos programáticos do partido e inabalável interesse em editar uma frente de esquerda com o PSTU e o PCB. Participarão do evento, os membros do diretório estadual e militantes de todos os municípios onde o PSOL está implantado.
Fernando Carneiro é o candidato do PSOL ao governo do Pará
Conferência Estadual Eleitoral do PSOL, realizada no início de abril passado, por unanimidade dos delegados e delegadas presentes elegeu Fernando Carneiro como candidato do partido ao governo do estado. A convenção homologará sua candidatura, além de confirmar a unidade existente na base partidária em torno de seu nome, sinalizada desde o início do processo conferencial. Fernando Carneiro é um dos mais admiráveis militantes do PSOL e da esquerda no Pará, graças a sua sólida formação ética e intelectual como socialista; base de sua inabalável fidelidade aos interesses históricos das maiorias sociais exploradas e empobrecidas pelo capitalismo e de sua predisposição para renovar-se no debate com todos os que estão sinceramente interessadas na transformação da realidade.
Fernando Carneiro é um dos mais admiráveis militantes do PSOL e da esquerda no Pará
Fernando Carneiro iniciou sua militância na adolescência, no início dos anos de 1980, destacando-se como uma das principais lideranças do movimento estudantil, dedicando-se em especial à reorganização do Centro Acadêmico de Ciências Sociais, da UPFA; logo foi alvo da ditadura militar então vigente, tendo sido enquadrado na famigerada Lei de Segurança Nacional. Em São Paulo, onde se formou em Licenciatura Plena em História pela USP, militou no movimento estudantil e no Sindicato dos Trabalhadores da USP- SINTUSP, e trabalhou na Companhia de Engenharia do Tráfego ( CET). De volta a Belém, tornou-se presidente da Companhia de Transporte de Belém (CTBel) na segunda gestão do prefeito Edmilson Rodrigues. Foi representante do Fórum Nacional de Secretários de Transporte no Conselho Nacional das Cidades. Depois de muitos anos no PT, desligou-se daquele partido para participar da construção do PSOL no Pará, onde exerce o cargo de Secretário de Movimentos Sociais. Por estas e muitas outras razões, Fernando Carneiro foi considerado o melhor nome para representar o PSOL como candidato ao governo do estado nas eleições de 2010.
Marinor Brito disputará vaga no Senado
Outra candidatura certa, também aclamada na conferência estadual eleitoral, é a de Marinor Brito a uma das duas vagas em disputa no Senado Federal. Ex-vereadora por três legislaturas consecutivas e ex- candidata à prefeita de Belém, Marinor é uma das mais expressivas figuras públicas do PSOL no Pará. Formada em educação física pela Escola Superior de Ed. Fisica do Pará e professora da rede pública de ensino, tornar-se- ia dirigente do SINTEPP e uma das mais destacadas lideranças das lutas dos trabalhadores em educação e de vários segmentos organizados em torno da Intersindical dos Servidores Públicos, entre o final da década de 1980 e o final da década de 1990. É militante do movimento pela democratização dos meios de comunicação e ex dirigente nacional da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO). Seus mandatos parlamentares foram fortemente marcados pela defesa de melhorias urbanas para áreas periféricas de Belém, de incentivos à produção artística e cultural em suas várias modalidades, e dos direitos humanos, em especial os das crianças e adolescentes. Foi presidenta da CPI da Prostituição Infantil da CMB e colaboradora das recentes CPI(s) da pedofilia, da ALEPA e do Senado. A convenção estadual do PSOL confirmará sua candidatura ao Senado, apoiando-se na avaliação de que está apta para representar o partido no embate contra as candidaturas neoliberais, tanto as do campo PSDB-democrata quanto as do campo PT-PMDB.
Plínio Sampaio valoriza Amazônia no programa do PSOL
O candidato do PSOL à Presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, em sua mais recente estada em Belém participou de debate com várias dezenas de dirigentes e militantes do partido sobre o desafio de enfrentar a polarização conservadora entre as candidaturas de Dilma Rousseff (PT-PMDB) e José Serra (PSDB-DEM), em situação de evidente bloqueio da grande mídia a uma alternativa de esquerda. Além de dissertar sobre a necessidade de campanha baseada no uso de mídias eletrônicas, defendeu diversas idéias e diretrizes para o programa de governo que o PSOL precisará defender no processo eleitoral e para além desse período específico, rumo ao socialismo. Para Plínio, a Amazônia e o Pará em especial têm papel especial a cumprir na construção do socialismo através de um projeto regional que a um só tempo reforce o projeto nacional do PSOL e da esquerda brasileira e afirme sua própria identidade, as características sócio-ambientais e os interesses peculiares do povo desta região. A imposição da Usina de Belo Monte é mais uma prova de que o governo Lula dá continuidade e aprofunda o projeto de desenvolvimento regional concebido no interesse do grande capital, em detrimento de todo o patrimônio natural da região Xingu. O PSOL combate o desmatamento e o modelo econômico que o patrocina, por meio da grilagem de terras publicas para fins de expansão da pecuária e das monoculturas agrícolas, porque a floresta em pé pode ser uma extraordinária fonte de geração de riqueza. É preciso também combater o saque desenfreado das riquezas minerais, através da verticalização da produção mineral sob controle do Estado, inclusive com a reestatização da Vale do Rio Doce. Com o objetivo de delinear um programa alternativo para a região e o país, será realizado seminário que contará com a presença de Plínio, intelectuais dedicados ao estudo dos problemas regionais e representantes de movimentos sociais da Amazônia.
Boletim PSOL Pará 50
Boletim PSOL Pará 50
segunda-feira, 21 de junho de 2010
PSOL: UM NOVO PARTIDO CONTRA A VELHA POLÍTICA
Em um partido como o PSOL as idéias apaixonam homens e mulheres que dedicam suas vidas à construção de um mundo socialista, sem opressão e sem exploração. Um mundo onde a humanidade possa desfrutar da natureza sem agredi-la, onde o lucro não seja a mola propulsora dos valores sociais. Um mundo que respeite a individualidade como construto social e coletivo, e não como valor absoluto, determinado pelo poder econômico, como vemos hoje. Mas não é fácil construir novos comportamentos em uma sociedade globalizada como a nossa. Precisamos negar este mundo, sabendo que nossos valores são influenciados, e muitas vezes determinados, pela ideologia dominante. Esse dilema sempre estará posto aos revolucionários. Por isso não podemos compactuar com o individualismo e o culto à personalidade. No PSOL a elaboração é coletiva, assim como as decisões. Aqui não há lugar para o estrelismo. Aqui homens e mulheres tem o mesmo poder de decisão, independente de sua posição na estrutura partidária. Afinal foi pra combater a velha política que fundamos um novo partido. Venha para o PSOL!!!
PAC DO PARÁ: um assalto ao futuro.
por Adolfo Oliveira Neto (*)
No ultimo dia 07 de junho a governadora do estado do Pará, Ana Júlia Carepa, em meio a uma grande festa anunciava o Programa de Aceleração do Crescimento do Pará, conhecido como PAC do Pará, que se caracteriza como um programa de investimentos públicos e privados e que busca marcar a imagem do seu governo como uma administração que tem a capacidade de induzir o crescimento econômico do estado. No entanto, pelo volume de investimentos previstos e pelo caráter do programa, que se assemelha muito as características do PAC do governo federal, a governadora pode ter lançado um programa que se tornará ou um grande elefante branco de cunho eleitoreiro, caso as pretensões do programa não durem mais do que o tempo de televisão destinado a candidata durante a campanha eleitoral que se aproxima, ou um grande Cavalo de Tróia, caso o nefasto programa se concretize. Em meio aos festins, dois elementos devem ser postos em debate de maneira séria à toda sociedade. O primeiro é o caráter do programa, o que desmonta a imagem auto-projetada pelo governo mostrando as suas fragilidades e o grande desencontro das ações governamentais. O segundo é o caráter dos investimentos, o que nos leva a refletir seriamente sobre as possibilidades de futuro que o governo estadual está atuando como um ator importante para consolidar. Leia o artigo completo no Ponto de Pauta
No ultimo dia 07 de junho a governadora do estado do Pará, Ana Júlia Carepa, em meio a uma grande festa anunciava o Programa de Aceleração do Crescimento do Pará, conhecido como PAC do Pará, que se caracteriza como um programa de investimentos públicos e privados e que busca marcar a imagem do seu governo como uma administração que tem a capacidade de induzir o crescimento econômico do estado. No entanto, pelo volume de investimentos previstos e pelo caráter do programa, que se assemelha muito as características do PAC do governo federal, a governadora pode ter lançado um programa que se tornará ou um grande elefante branco de cunho eleitoreiro, caso as pretensões do programa não durem mais do que o tempo de televisão destinado a candidata durante a campanha eleitoral que se aproxima, ou um grande Cavalo de Tróia, caso o nefasto programa se concretize. Em meio aos festins, dois elementos devem ser postos em debate de maneira séria à toda sociedade. O primeiro é o caráter do programa, o que desmonta a imagem auto-projetada pelo governo mostrando as suas fragilidades e o grande desencontro das ações governamentais. O segundo é o caráter dos investimentos, o que nos leva a refletir seriamente sobre as possibilidades de futuro que o governo estadual está atuando como um ator importante para consolidar. Leia o artigo completo no Ponto de Pauta
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Saramago, adeus!
Bom dia, amigo
Que a paz seja contigo
Eu vim somente dizer
Que eu te amo tanto
Que vou morrer
Amigo... adeus. (Vinicius de Moraes)
Saramago se foi. Comunista e ateu convicto ele soube desnudar as hipocrisias que a sociedade erguida sob a lógica do capital constrói diariamente. Humano e rebelde ele viveu como morreu: polêmico. Ácido e sem pudor de se indispor contra instituições e ideologias não poupou nem mesmo Lula. Sobre o presidente brasileiro afirmou: "Lula está de pés e mãos atados e parece que não vai mais conseguir fazer as grandes medidas que prometeu no plano social. Foi uma decepção para o mundo." Mais uma vez sua luz faz ver na imensa cegueira que viceja na política de nosso país. Adeus.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Torcer sem culpa, mas conscientes!
Mais uma copa do mundo de futebol. Milhões se unem para torcer pela seleção brasileira. Não há como negar que o futebol é um esporte de massas, que empolga e contagia. Poucos esportes podem terminar como começam, empatados em zero. Basquete, vôlei, pólo aquático não terminam 0 x 0. Poucos têm a emoção de um resultado inesperado, uma zebra. Quantos de nós já não sofreu por conta de um gol roubado ou um pênalti não marcado. Que dirá dos gols de mão de Maradona e Thierry Henry? Por tudo isso o futebol apaixona.
O fato de acontecer pela primeira vez no continente africano é mais um ingrediente nessa equação de paixão e emoção. Podemos e devemos torcer pela nossa seleção. Mas sem deixar que a paixão nos impeça de ver a realidade que cerca o futebol e sua inexorável transformação em mercadoria.
A África do Sul não é uma ilha de riqueza no continente africano. Com 50 milhões de habitantes, quase 80% de negros, o índice de desemprego atinge 25% e a maioria dos que trabalham recebem menos que U$ 1,25 por dia. Além disso, é líder em portadores do vírus HIV no mundo: 5,7 milhões de pessoas, 11,6% da população estão infectadas. A economia mais forte da África coleciona indicadores miseráveis que a copa não mostra.
O esporte, assim como a cultura, é uma manifestação humana que deveria ser livre do corte de classe, mas na sociedade de consumo em que vivemos tudo se mercantiliza, tudo vira negócio. Até mesmo os atletas viram mercadoria. O Brasil “exporta” mais de mil jogadores a cada ano. Aliás, a seleção é genuinamente “estrangeira”. O fato da burguesia se apropriar dessas manifestações nos indigna e muitos acabam, equivocadamente, deixando de torcer pelo Brasil.
Torça pelo Brasil. Torça pelo Hexa (apesar do Dunga), mas exercite sua consciência crítica.
UMA OLIGARQUIA QUE TEIMA EM MANDAR NO MARANHÃO E NO BRASIL: NÃO PASSARÁ!
Caro(a)s Domingos Dutra, Manoel da Conceição e Terezinha Fernandes:
A bancada federal do Partido Socialismo e Liberdade se solidariza com todo(a)s o(a)s militantes petistas que resistem à imposição da direção nacional do PT para que apoiem Roseana Sarney nas eleições ao governo do Maranhão.
Reconhecemos que a luta de vocês não é mera disputa interna pela definição de alianças partidárias. Lula, Dilma e a maioria petista negociam o destino de toda a população maranhense, que se torna, mais uma vez, refém de uma oligarquia que se mantém no poder há mais de 40 anos.
Não concordamos que, para governar e mudar o Brasil, seja necessária uma aliança com elites atrasadas, que passa por cima da militância partidária e é insensível à greve de fome de quadros históricos da esquerda brasileira. Esse projeto de poder, implementado nos últimos 8 anos, tem levado ao abandono de bandeiras históricas dos movimentos populares: ao final do Governo Lula, não vimos realizadas a reforma agrária, a auditoria da dívida, a democratização da informação, a universalização da educação pública e todas as demais reformas estruturais pelas quais, por tantos anos, lutamos juntos.
Reafirmamos nossa fraterna solidariedade a vocês e reiteramos que as portas do PSOL estão abertas a todo(a)s o(a)s lutadores/as sociais do país que não se submetem ao jugo das oligarquias.
Deputado Ivan Valente – PSOL – SP
Deputado Chico Alencar – PSOL – RJ
Deputada Luciana Genro – PSOL – RS
Senador José Nery – PSOL – PA
A bancada federal do Partido Socialismo e Liberdade se solidariza com todo(a)s o(a)s militantes petistas que resistem à imposição da direção nacional do PT para que apoiem Roseana Sarney nas eleições ao governo do Maranhão.
Reconhecemos que a luta de vocês não é mera disputa interna pela definição de alianças partidárias. Lula, Dilma e a maioria petista negociam o destino de toda a população maranhense, que se torna, mais uma vez, refém de uma oligarquia que se mantém no poder há mais de 40 anos.
Não concordamos que, para governar e mudar o Brasil, seja necessária uma aliança com elites atrasadas, que passa por cima da militância partidária e é insensível à greve de fome de quadros históricos da esquerda brasileira. Esse projeto de poder, implementado nos últimos 8 anos, tem levado ao abandono de bandeiras históricas dos movimentos populares: ao final do Governo Lula, não vimos realizadas a reforma agrária, a auditoria da dívida, a democratização da informação, a universalização da educação pública e todas as demais reformas estruturais pelas quais, por tantos anos, lutamos juntos.
Reafirmamos nossa fraterna solidariedade a vocês e reiteramos que as portas do PSOL estão abertas a todo(a)s o(a)s lutadores/as sociais do país que não se submetem ao jugo das oligarquias.
Deputado Ivan Valente – PSOL – SP
Deputado Chico Alencar – PSOL – RJ
Deputada Luciana Genro – PSOL – RS
Senador José Nery – PSOL – PA
terça-feira, 15 de junho de 2010
Manoel da Conceição faz greve de fome contra decisão do PT em apoiar Roseana Sarney
Mais uma reação à intervenção da direção nacional do PT. Desta vez é o histórico militante petista, Manoel da Conceição de 75 anos que se insurge contra a decisão de apoiar Roseana Sarney ao governo do Maranhão. Mané da Conceição, como é conhecido, foi torturado pela ditadura militar mas afirmou em sua carta que "essa é a pior de todas as torturas que se pode impor a um homem", demonstrando que é cada vez mais difícil compatibilizar coerência e ética com militância no PT.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
"Seja sempre você mesmo, mas não seja o mesmo sempre"
Essa frase, da sensasional Martha Medeiros, serve bem para explicar os motivos de mais uma importante defecção nas fileiras do PT. Dessa vez foi a estrela de Starling, Sandra, que deixou o partido que ajudou a fundar e pelo qual foi deputda estadual e federal, representando a bancada mineira. Inconformada com a imposição da candidatura de Hélio Costa, Sandra, a Starling, deixou o PT e publicou uma nota ácida em que critica a imposição da direção nacional, patrocinada pessoalmente por Lula, que desrespeitou a decisão das instãncias de base do PT em Minas. Definiu ainda como caudilhesca e ditatorial a imposição lulista. Que diria a estrela mineira da decisão do PT paraense de procurar o DEM e optar por colocar o vice de Duciomar Costa como vice de Ana Júlia? Isso depois de passar anos convivendo com Jáder Barbalho, colega de partido de Hélio Costa. Petista históricos estão inconformados com a decisão da cúpula parense do PT. Por esses e outros motivos que preferimos, como diria Medeiros, ser sempre os mesmo mas não os mesmos sempre. Coerência exige sacrifícios e coragem.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
21 anos sem Leminski
quarta-feira, 9 de junho de 2010
INCÔMODOS
O dia é hoje (09/06/2010), a hora é agora. Em Belém trafego pela travessa Benjamin Constant. No cruzamento com a Av. Conselheiro Furtado aguardo o semáforo abrir. De relance vejo uma cena febril e comum. Um ser humano está sentado na calçada. Velho, cabelos brancos, semi nú, com sua perna única e uma muleta. Não me vê. Está abraçado à sua perna solitária e de cabeça baixa (parece um poema de Pasternak). Ao seu lado a muleta e um copo improvisado com água pela metade. É o retrato do abandono, da dor. O semáforo abre, avanço mais um pouco e no cruzamento com a Rua Braz de Aguiar mais um ser humano está sentado na calçada. Também velho. Também mendigo. O eco das minhas ideologias ressoando na minha cabeça. Uns poucos metros adiante há um buraco na via. Asfalto interrompido, tráfego prejudicado. Muitas buzinas anunciam o incômodo causado pelo buraco. Ninguém buzina pelos velhos mendigos. Eles não incomodam ninguém. Nenhum ruído lhes é destinado. Ninguém se incomoda com eles e com suas dores expostas. Nessa hora tenho certeza que a luta pelo socialismo (que me move há muitos anos) se fortalece. Não justiça possível enquanto nossos velhos e nossas crianças estiverem invisíveis nas esquinas de nossa cidade. Revoltemo-nos! Lutemos pelo fim dessa cotidiana miséria.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Você já foi a Serra Pelada, não? Então vá!
Parafraseando o genial Dorival Caymmi na música "Você já foi à Bahia?" este blog faz um convite: se você tem alguma dúvida sobre a capacidade destrutiva do capitalismo, vá a Serra Pelada. Encrustada no sudeste do estado do Pará, esta localidade do município de Curionópolis (em alusão ao famigerado Sebastião Curió), padece de todos os males que você possa imaginar. Falta tudo: saneamento, energia elétrica, água, telefonia, saúde, segurança, educação, emprego, asfalto, moradia, e tudo o mais que você possa imaginar de serviços públicos ou privados que sirvam para dar condições dignas de vida a um povo. O retrato é trágico: uma população idosa que sofre com índices alarmantes de hanseníase e AIDS e que convive com a prostituição de crianças e adolescentes. Dos bilhões de reais extraídos do solo, nenhum foi investido no local. O Poder Público é tão somente uma longínqua abstração. O braço perverso da Vale se estende sobre a reabertura do garimpo. A COMIGASP, cooperativa dos garimpeiros, que é controlada pela família Sarney, acaba de celebrar um acordo espúrio em que repassa a lavra a uma empresa chamada Colossus Mineral Inc., uma "testa de ferro" da Vale, que ficará com 75% de tudo que for extraído de Serra Pelada, repassando aos 45 mil garimpeiros associados os 25% restantes. Como a alegada expectativa de extração não ultrapassa 3.500 Kg/ano a quantia a ser destinada a cada um dos 45 mil associados deve ser de R$ 98,00 (noventa e oito reais por mês). Um valor ridículo e que chega a ser uma ofensa aos milhares de garipeiros que dedicaram mais de 30 anos à construção de Serra Pelada. Milhares de garimpeiros, descontentes com a direção da COMIGASP, organizaram um Seminário que discutiu formas de resgatar os direitos dos garimpeiros. A luta por dignidade e em defesa do meio ambiente continua!
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