Aqui por nossas terras cabanas sua representante procura seguir os mesmos passos. Ana Júlia, que no início do seu governo assinou plebiscito pela reestatização da Vale, hoje usa dinheiro público para propagandear a instalação, em Marabá, da siderúrgica daquela companhia (que acaba de patrocinar a desnacionalização de importante setor da produção de alumínio). Esquecendo o clamor dos movimentos sociais (muitos dos quais buscou apoio enquanto candidata) e inúmeros estudos científicos, declara apoio incondicional à construção de Belo Monte, esse paquiderme hidrelétrico que afogará a vida em boa parte de nossa combalida Amazônia.
Mas uma pergunta se apresenta de forma muito contundente: se a tudo isso nos opomos, o que defendemos? Uma pergunta pertinente. Muitas vezes nós, socialistas, assumimos um tom ranzinza, chato até. Natural, porque escolhemos não nos calar, não nos acomodarmos e não compactuarmos com a mentira oficializada pelo poder e pela mídia obtusa e submissa aos ditames do vil metal.
Os socialistas somos otimistas. Acreditamos que o futuro reserva à humanidade o direito à felicidade. Cremos ser possível viver num mundo desmercantilizado, onde o homem e a natureza possam cohabitar em comunhão e equilíbrio. Mas e quanto ao hoje? Acreditamos que a felicidade precisa ser construída hoje também. Por isso procuramos relações mais sinceras, despidas dos padrões estabelecidos pelo senso comum da burguesia. Lutamos com nossos pares e a luta, por si só, nos reconforta e anima. Aprendemos com os reveses e nos alegramos com as vitórias. Somos propositivos. Criativos. E assim procedendo empurramos nossas idéias ao encontro do amanhã. Somos inquietos e incansáveis em nossa rebeldia. Crianças diante do desconhecido, não tememos ousar. E como ousamos!
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