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Angélica (1977)
Miltinho e Chico Buarque
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino?
Queria cantar por meu menino
Que ele não pode mais cantar
Um comentário:
Fernando, meu camarada socialista e Historiador. Muito poderia dizer sobre esse belo e comovente texto que você apresenta, seguido da letra da música de Chico Buarque, mas não vou!
Vou apenas dizer que nós temos um compromisso com milhares e milhares de pessoas, com as famílias e com as memórias de estimados lutadores, que deram seu sangue para alimentar a revolta e a indgnação de um povo que derrubou a ditadura militar no Brasil em seu mais revoltante período da história recente.
Quantas mães não choram o desaparecimento de seus filhos, esposos ou amigos até os dias de hoje e quantas morreram sem poder dignamente enterrar esses guerreiros de nosso povo?!
Temos um compromisso de lutar diariamente pela abertura dos arquivos da ditadura militar, pela punição dos assassinos e torturadores que estão vivos, resgatar a história e expor ao mundo o que os EUA e os seus capachos de farda fizeram nesse país e em tantos outros na América latina, por causa de uma "ameaça" vermelha, quando na verdade a ameaça fez o Brasil estremecer com os militares.
Quanto sangue regou nossa terra e ainda alimenta nossa luta!
Ousar Lutar sempre companheiro!
Saudações socialistas, cabanas e amazônidas à todas ás mães do Brasil, em especial as quue perderam seus filhos pelas mãos da Ditadura Militar!
Pedro Ivo Castro.
diretor do centro acadêmico de História da UFPA (2010)
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